Doenças

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Doenças

Provavelmente o tema mais dificil de encarar no que diz respeito ao hobby da aquáriofilia. Doenças de peixes são dos principais motivos de desistência de muitos aquaristas, pois, conseguem potencialmente arrasar com toda a fauna dos nossos aquários. Mas a maioria das patologias têm tratamento quando identificadas a tempo. Aqui vamos ajudá-lo/a a reconhecer algumas da mais comuns.

Existem habitualmente quatro tipos distintos de doenças: bacterianas, fúngicas, parasitas internos e parasitas externos.

Independentemente da doença, todos os aquários beneficiam de água limpa, e a melhor defesa é um sistema imunológico forte. Para tal devemos proporcionar uma boa alimentação e um ambiente onde se sintam confortáveis, sem factores de stress. Nunca deixe de fazer trocas de água regularmente.

Uma boa postura é atacar imediatamente, assim que for possível identificar os primeiros sintomas. É igualmente bom prevenir-se, e ter á mão medicações para os principais grupos de doenças, bem como um recipiente apropriado e um termostato extra, se for necessário montar um aquário para tratamento ou quarentena

....e por falar em quarentena, é muito importante que a faça sempre que tencionar introduzir algum elemento novo no aquário, seja para novos peixes, plantas, ou mesmo decorações, todos podem conter passageiros indesejados. Reserve um período razoável de dias para observar, á parte, as novas aquisições, tentando identificar sinais de alarme. Ao aperceber-se de alguma doença, pode tratar os peixes ainda no aquário de quarentena, sem necessidade de dosear quantidades superiores no seu aquário principal.

Existem também alguns elementos de origem natural que ajudam, não só no combate a doenças bacterianas, mas também contra fungos. Um bom exemplo são as folhas de Amendoeira da Índia (Katapa). Diversos tipos de sais também são muito úteis.

Sintomas habituais, transversais ás várias doenças, são: perda de apetite, prostração e letargia, isolamento voluntário, e, por vezes respiração mais ofegante.

Algo que não é considerado uma doença fatal por si só, mas directamente responsável por um colapso gradual na saúde é o Stress. É muito importante evitar qualquer situação de stress para os peixes: Luz demasiado forte, ruídos, co-habitantes agressivos, má qualidade de água, excesso de corrente, etc.

Doenças de origem bacteriana

Sintomas comuns:

  • Necrose/corrosão de barbatanas
  • inflamações/vermelhões nas áreas moles (guelras, "bigodes" nos peixes gato, olhos, boca, etc)
  • Aparecimento de feridas que tardam a cicatrizar
  • Inchaço geral e escamas eriçadas (no caso de Hidropsia)

Tratamentos:

  • Anti-bacteriano;
  • Conjunção de temperaturas altas (+/- 30C), e banho de sal de aquário: diluir 2 colheres de chá de sal por cada 10lt. Utilizar em aquário/recipiente á parte

Doenças Bacterianas são, infelizmente, bastante comuns em aquáriofilia, e, muitas vezes directamente associadas a má qualidade de água. Em nano-aquáriofilia é extremamente comum em Bettas e outro peixes de barbatanas longas, facilmente visível quando as extremidades destas parecem desaparecer sem motivo aparente. Normalmente são fáceis de tratar através de um comum antibiótico. Hidropsia, por sua vez, é uma doença, também de origem bacteriana, que, quando apresenta sintomas visíveis a olho nu, já se encontra num estado avançado, e a probabilidade de cura não é tão ótimista. Muitas das bactérias são contagiosas, portanto, é preferencial tratar um aquário todo, a medicar casos isolados.



Fungos

Sintomas comuns:

  • Áreas esbranquiçadas no corpo
  • Protuberâncias semelhantes a algodão na zona da boca

Tratamentos

  • Anti-fúngicos;
  • Sal de aquário: diluir 2 colheres de chá de sal por cada 10lt. Utilizar em aquário/recipiente á parte

Fungos são das doenças mais fáceis de identificar num aquário de água doce, pois, ao desenvolverem-se, são visíveis como manchas brancas, ou acumulações de uma massa, semelhante a algodão, em alguma partes do corpo dos peixes, principalmente na boca e no topo da cabeça.

Naturalmente isto trás muito desconforto a um animal, não só porque o fungo vai alimentando-se dos seus tecidos, mas porque pode dificultar os seus movimentos, impedindo-o de nadar ou alimentar correctamente.

Felizmente o tratamento, de um modo geral, é bastante eficaz, e rápido, seja via medicação própria, ou através de tratamentos caseiros. Por vezes, apenas transferindo o peixe para um aquário diferente, com boa qualidade de água, é o suficiente para o fungo desaparecer.



Parasitas externos

Sintomas comuns:

  • Pintas no corpo e barbatanas (Ictio)
  • Partículas/Pó dourado na superfície da pele e escamas (Veludo)
  • Aparecimento de pequenos vermes brancos agarrados á superfície do peixe
  • Acumulação anormal de viscosidade nas escamas

Tratamentos:

  • Desparasitantes próprios para parasitas externos
  • Verde de Malaquite
  • Azul de Metileno
  • Soluções de Cobre

Parasitas externos são extremamente comuns nos aquários. Doenças como Ictio e veludo surgem muitas vezes nos peixes, ainda antes de chegarem ás lojas, e são altamente contagiosas. Impossíveis de tratar totalmente em peixes isolados, possuem todo um ciclo de vida, e, apesar de não serem visíveis a olho nu, podem estar presentes no aquário, prestes a eclodir e a contaminar os peixes, principalmente aqueles que possuírem o sistema imunitário fragilizado.

Existem tratamentos disponíveis em qualquer loja de aquariofilia, e há quem utilize sal de aquário e temperaturas altas para eliminar estes parasitas, mas é necessário cuidado, pois muitos peixes e invertebrados podem não se adequar a estes tratamentos por longos períodos de tempo. Por vezes são necessárias várias sessões de medicação.


Parasitas Internos

Sintomas comuns:

  • Inchaços na área abdominal
  • Protuberâncias anómalas abaixo da pele e escamas
  • Fezes longas e brancas
  • Peixes com aspecto desnutrido apesar de comerem bem
  • Vermes visíveis na zona posterior do peixe
  • Tratamentos

  • Medicação própria para parasitas internos
  • Sal de Epsom e temperaturas altas
  • Levamisol

Parasitas internos são, muitas vezes, difíceis de detectar, pois podem permanecer dentro dos peixes durante toda a sua vida. Em alguns casos, consomem o peixe por dentro, em outros, consomem a sua alimentação, acabando o mesmo por morrer por desnutrição. Torna-se assim imperativo expelir os parasitas do organismo. Uma mistura de laxantes, como alho e sal de Epsom e medicações próprias para matar os parasitas são a linha da frente